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Sindicato repudia declarações da DGS que atribui surto de Covid na Sonae às pausas no trabalho

Para Ricardo Mendes, a empresa está a descartar-se de responsabilidade com a proteção das entidades da saúde face ao número de casos
Sílvia Agostinho
27-05-2020 às 12:17


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O Sindicato dos Trabalhadores do Comércio, Escritórios e Serviços de Portugal (CESP) não entende as declarações da diretora geral de saúde, Graça Freitas, que ao referir-se aos números do surto de Covid-19 na Sonae, em Azambuja, com 126 pessoas infetadas, até à data, atribui a circunstância a uma atitude de relaxamento dos trabalhadores nas pausas do trabalho. Nas habituais conferências de imprensa, a responsável referiu-se  aos denominados períodos de almoço, mudança de roupa, e  trajetos. Ricardo Mendes do CESP repudia estas declarações que vão no sentido de "mais uma vez ilibar a empresa de responsabilidades".  Ao Valor Local, o dirigente sindical diz que não faz sentido a avaliação de Graça Freitas e deixa a interrogação- "Se nós trabalhamos e fazemos as refeições  juntos na empresa, como é que vamos apanhar a doença nas pausas?"

Ricardo Mendes sugere que  o surto na Sonae em Azambuja começou na zona de temperatura controlada (onde existem condutas destinadas à circulação de ar fresco), tal como sucedeu no armazém de carnes da Sonae em Santarém, onde também foram detetados casos da doença, bem como na Salvesen, empresa situada na zona industrial de Azambuja que  lida igualmente com produtos refrigerados. O sindicato pretende reunir-se em breve com a Direção Geral de Saúde e expor esta teoria para que seja estudada e daqui se retirem conclusões para o futuro.

A grande maioria dos trabalhadores infetados estavam adstritos a esta secção de frio, e Ricardo Mendes prossegue - "Se a origem do surto estivesse relacionada com as pausas no trabalho, então tínhamos um misto indiferenciado de pessoas infetadas de todas as secções desde a Sonae MC, até à Fashion Division, passando pela DHL, Maxmat e Worten". 

Esta é uma secção do entreposto com "muitos metros quadrados e onde o ar tem de estar sempre a circular em condutas industriais para garantir a frescura dos produtos que saem daqui para as lojas". 
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O sindicato vai exigir que se apurem responsabilidades e que se faça uma reflexão sobre todo o estado de sítio que envolveu o surto na Sonae MC. Ricardo Mendes lembra que cerca de 60 trabalhadores dos 126 infetados estão assintomáticos. Os que laboram neste complexo são na sua maioria jovens, sem doenças prévias, que nunca apresentaram sintomas, situação  que deu azo a uma cadeia de contágio intensa. Um dado que, na sua opinião, torna premente que sejam testados todos os  três mil trabalhadores do complexo. Até ao dia de ontem apenas tinham sido testadas cerca de 300  das 800 pessoas da  Sonae MC. O sindicato reforçou desde o início do surto ao nosso jornal, a necessidade de testes aos 3000 trabalhadores, algo que a empresa pelas declarações que tem dado à imprensa não pretende vir a fazer por enquanto. "Estão a chutar a bola para os trabalhadores, e a descartar-se de responsabilidades com a desculpa de que as pessoas apanharam a Covid nas pausas. Ninguém acredita que os  126 trabalhadores se tenham infetado uns aos outros fora da empresa".

O sindicalista saúda contudo o facto de a empresa já ter fornecido equipamentos de proteção individual em quantidade suficiente a todos os trabalhadores, bem como a implementação das necessárias medidas de distanciamento no local trabalho, e o frete de  mais autocarros para as deslocações - "Os comboios vinham naquela miséria que todos vimos, agora a situação mudou, muitos já vão e vêm de autocarro, e deixou de haver aquele caos no transporte ferroviário". "A Sonae pecou por ter implementado estas medidas demasiado tarde", conclui.

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