SMAS de Vila Franca debatem perdas de águaNo âmbito desta iniciativa, foi ainda apresentada uma aplicação de telemóvel que já se encontra disponível aos clientes
Miguel A. Rodrigues
23-03-2017 às 22:08 Os Serviços Municipalizados de Águas e Saneamento de Vila franca de Xira (SMAS) debateram no dia 22 de março a problemática das perdas de água. A iniciativa que decorreu na “Fábrica das Palavras” contou com a presença do Secretário de Estado do Ambiente, Carlos Martins e de representantes de várias entidades do setor, como é o caso da EPAL.
Alberto Mesquita, presidente da Câmara Municipal de Vila Franca de Xira, fez uma alusão ao trabalho levado a cabo pelo município, vincando igualmente os desafios que este setor encerra em Vila Franca a par das melhorias já feitas no serviço, que vão desde a recolha de resíduos, passando pela aquisição de novas viaturas e inauguração de reservatórios, bem como a melhoria da rede. Alberto Mesquita salientou a preocupação com as perdas de água que afetam o meio ambiente, por um lado, e por outro a própria gestão da empresa, vincando também como exemplo o uso fraudulento de bocas-de-incêndio bem como outras situações. Carlos Martins, Secretário de Estado do Ambiente, destacou o trabalho desenvolvido por Vila Franca de Xira, esclarecendo que a questão das perdas de água é um assunto nacional que também preocupa o governo. As ruturas e as perdas de água que afetam a questão comercial constituem-se também como uma fonte de preocupação para os peritos convidados para esta conferência. Sendo também os tarifários outra preocupação, desta feita expressa por João Nuno Mendes presidente da Águas de Portugal, que neste sentido enfatizou a questão da aglomeração dos municípios, como sendo “algo que poderia fazer o setor mais competitivo”. José Manuel Sardinha, presidente da EPAL, fez também uma resenha referente às perdas de água. O responsável recordou o ano de 2004, altura em que o ano foi de alguma seca no país, em que as reservas de água não chegavam para abastecer Lisboa e os concelhos limítrofes, o que levou que fosse criado um programa de redução de perdas que veio a dar frutos nos últimos anos. O exemplo vivido em Lisboa acaba por ser também aplicável a outras zonas do país. A falta de um cadastro das canalizações também contribui para que seja difícil encontrar as ruturas, algo que está na agenda das concessionárias. António Oliveira, presidente dos SMAS de Vila Franca de Xira, destacou também a preocupação da empresa em reduzir as perdas, tem do sido aliás esse o mote de toda a conferência, para assinalar o Dia Mundial da Água. O responsável disse que a empresa está alerta e que teve, em alguns locais do concelho, de desativar bocas-de-incêndio. A esse propósito referiu que era hábito em locais mais inacessíveis existir abastecimento de água por parte de camiões. “Tal representava uma perca significativa de águas em termos económicos e ambientais”, concluiu. No âmbito desta iniciativa, foi ainda apresentada uma aplicação de telemóvel que já se encontra disponível aos clientes dos SMAS de Vila Franca para comunicação de leituras e de anomalias; gestão de dados do contrato ou consulta de faturas. Nota: leia esta notícia desenvolvida na edição impressa a 19 de março ComentáriosSeja o primeiro a comentar
|
|