Sport Lisboa e Cartaxo entrega Campo das Pratas dia 22 de junho

Clube tenta salvar a todo o custo a formação 

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A direção do Sport Lisboa e Cartaxo ainda tem esperança numa reviravolta no processo que levará à entrega do Campo das Pratas ao seu proprietário que reclama a infraestrutura de volta, tendo em conta um longo processo começado pelo antigo presidente da autarquia, Paulo Caldas. O autarca prometeu uma indeminização de 500 mil euros se até ao final do contrato celebrado em 2007 com término em 2012 não alterasse o Plano Diretor Municipal de acordo com os interesses desse proprietário. Durante esses cinco anos, a autarquia pagar-lhe-ia uma renda mensal de 2500 euros, mas o pagamento foi interrompido no mandato de Paulo Varanda.

Paulo Magro, do conselho fiscal do clube, conta ao Valor Local que tem fé numa solução, e que a coletividade optou por junto das cerca de 300 crianças e adolescentes inscritos no futebol do clube, bem como, junto dos seus pais por não mostrar excessiva preocupação com o facto. É que em risco poderão estar, embora a direção não o admita abertamente, alguns escalões. “Há aspetos que procurámos não empolar para tentarmos resolver as coisas com o advogado do proprietário”.

O Sport Lisboa e Cartaxo possui 14 equipas, uma de veteranos, e 12 equipas de formação com futebol de 6; 7; 8; 9; sub -10; sub -11; três equipas de infantis; duas equipas de iniciados, duas de juniores e duas de juvenis, bem como uma de séniores, num total de 280 praticantes.

Esta quinta-feira, o clube vai entregar a chave à Câmara para que a mesma seja devolvida ao proprietário. A atual comissão diretiva conta que entrou em funções há dois anos, e nessa altura as rendas estavam em atraso em 18 meses, e o processo já seguia as vias judiciais. “O clube é alheio, não há contrato de arrendamento, e apenas usamos o Campo das Pratas emprestado pela Câmara”. Paulo Magro refere que tentou o diálogo com o proprietário “que ainda mostrou alguma abertura, que terminava sempre que conversava com o advogado”. “Tornaram-se irredutíveis!”, constata.

Em tribunal tentou-se persuadir o proprietário com o facto de esta ser uma coletividade que promove a formação e o bem-estar dos jovens do concelho, com a apresentação das equipas que estão no campeonato nacional, entre outros aspetos. “O senhor Manuel ficou sensibilizado, tocou-se-lhe o coração, mas o advogado referiu que tem de defender o cliente e que este já há muitos anos que anda a ser prejudicado com este caso”.

Em princípio, Manuel Marques, e ao que tudo indica, não terá um propósito para o Campo das Pratas que se encontra em boas condições para a prática desportiva, tendo sido levadas a cabo benfeitorias no mesmo. Na altura da assinatura do contrato com Paulo Caldas desejava a expropriação dos terrenos para urbanização, mas hoje quererá apenas, e no curto prazo, receber o que lhe é devido das rendas, respetivos juros e da indeminização.

Se ficar sem o Campo das Pratas, e ao seu dispor apenas o Estádio Municipal, a formação do clube “fica comprometida, como é óbvio”. “Às segundas, quartas, e sextas, os mais pequenos treinam aqui no estádio. Dispomos de um espaço alugado em Vila Nova de São Pedro às quintas-feiras, enquanto o Campo das Pratas está lotado todos os dias das seis da tarde às dez da noite”, refere. Se a questão não ficar resolvida “não haverá viabilidade”, embora recuse a ideia para já de que grande parte dos jovens terá de procurar um outro clube.

“Sem querer abrir muito o jogo, talvez a solução possa passar por um aluguer a tempo inteiro do campo de Vila Nova de São Pedro”, concelho de Azambuja, que não é utilizado por outras equipas, salvo raras exceções. Mas ainda há a possibilidade de um terreno adjacente ao estádio para adaptação a campo pelado, “contudo as limitações financeiras da autarquia tornam tal ideia difícil de colocar em prática”.

“Não quisemos alarmar os pais, dizem-se por ai algumas verdades, mas também mentiras e preferimos ter alguma cautela. Para já vamos entregar a chave, depois tentaremos arranjar uma solução!”.

A Câmara do Cartaxo já requereu o estatuto de utilidade pública para o Campo das Pratas, mas ainda não obteve resposta do Governo.

Sílvia Agostinho
18-06-2015

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