Start Up Cultural de Arruda recomeça atividade
Desde a música à escultura, passando pelo design, arquitetura, cinema, pintura, entre outras atividades são dinamizadas naquele espaço
|19 Nov 2021 11:42
Sílvia Carvalho d'Almeida Tem sido profícuo o trabalho desenvolvido na nova start-up cultural de Arruda dos Vinhos. O projeto, que funciona numa parceria da Junta de Freguesia com a Câmara Municipal da localidade, pretende ser um espaço no qual se recebem artistas das mais variadas áreas, trazendo arte e cultura para o concelho, independentemente da sua proveniência. Com os confinamentos impostos pelo governo para a prevenção da disseminação da Covid-19 no país, os projetos que estavam previstos tiveram que ser adiados, mas com o aliviar das medidas restritivas algumas atividades puderam ser agendadas, sendo que foram já seis os projetos concluídos.
Fábio Morgado, o recentemente reeleito presidente da Junta de Arruda dos Vinhos, é o principal dinamizador do projeto, e o seu maior apoiante. A ideia da startup surgiu em 2017, durante o seu anterior mandato, mas concretizou-se em 2019 “com a inauguração da escola da Quinta da Serra, que foi reabilitada precisamente para o efeito”. No final do processo criativo, para o qual é disponibilizado alojamento e materiais gratuitos, é pedido apenas aos artistas que disponibilizem a sua arte “para o acervo público da freguesia”, para que se enriqueça desta maneira o património cultural da região. As áreas abrangidas, para já, para esta residência artística são “quase todas as artes, exceto a dança e o teatro por incapacidade do espaço”. Vão desde a música à escultura, passando pelo design, arquitetura, cinema, pintura, entre outras. A startup “contempla uma área de criação, uma cozinha, e um apartamento com um quarto para duas pessoas”. Fábio Morgado acredita que este centro artístico possa ser uma referência a nível cultural “na freguesia, no concelho, e talvez na região onde nos inserimos”, deixando um legado importante na área das artes. “A ideia é que os artistas da região tenham um espaço no qual desenvolvam o seu trabalho a custo ‘quase zero’, e que os que vêm de fora tragam também uma ‘massa crítica’ importante para a região, interagindo com a população e produzindo cultura, dando a conhecer vários estilos e formas de arte aos arrudenses.” Tiago Hacke, de 36 anos, artista plástico de murais, um dos residentes da startup cultural, disponibilizou-se para falar sobre a sua experiência. De ascendência luso-alemã, teve a oportunidade de estudar em Inglaterra, França, Espanha e Luxemburgo, nalgumas das melhores escolas a nível mundial de belas artes. Atualmente vive em Lisboa, e tem já um portfólio impressionante, tendo desenvolvido o seu trabalho sobretudo sobre o tema da biodiversidade de espécies e da sustentabilidade. Trabalhou de perto com organismos ligados a estas áreas. Nesta residência artística criou dois murais com imagens de espécies animais autóctones, que podemos encontrar no fontanário de A-do-Barriga, e na rua Manuel Policarpo Martins no PT da EDP. Tiago Hacke diz que em Portugal existe um “fenómeno de quase insularidade relativamente à área cultural, em que estamos um pouco fechados sobre nós, uma vez que quase não comunicamos com as nossas fronteiras”. O clima de investimento relativamente à arte é também mais inóspito do que no estrangeiro. No entanto, a sua experiência em Arruda dos Vinhos não poderia ter sido melhor, e refere gostou de poder conviver de perto com as suas gentes, “muito interessadas e simpáticas”, que passavam pelo local onde estava a trabalhar para observar e conversar consigo. |
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