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Teatro
“Casal Aberto” refletiu sobre a desigualdade de género

A peça aborda a condição da mulher numa Europa já sem regimes totalitários, onde as democracias começam a permitir a emancipação feminina 
Diogo Ribeiro Mendonça
​02-04-2019 às 18:41
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Numa altura em que a violência doméstica está na ordem do dia, o grupo teatral Cegada, levou à cena a nove de março, um dia depois do Dia Internacional da Mulher, a peça “Casal Aberto” escrita por Dario Fo (Nobel de Literatura de 1997) e Franca Rame, Casal Aberto, que faz uma abordagem à igualdade de género. O convite partiu do pelouro da Cultura da Câmara Municipal de Vila Franca de Xira.
 
Estreada no dia 25 de janeiro, fez carreira de nove espetáculos no Teatro Estúdio Ildefonso Valério, em Alverca do Ribatejo (onde a companhia Cegada também está sediada), tendo contado com mais de 500 espectadores. No Museu do Neo-Realismo, em Vila Franca de Xira, foram 82 pessoas que lotaram a sala de espetáculos. Apresentada após datas como o Dia Internacional da Mulher (8 de março), e o Dia de Luto Nacional pelas vítimas de violência doméstica, Rui Dionísio, diretor artístico do grupo Cegada e também encenador da peça, relata-nos que o espetáculo já estava a ser preparado há mais de um ano e que esta conjuntura acaba por ser uma “sorte indesejada”.
 
O grupo tem por premissa colocar ao serviço público a cultura, interpretando textos de referência que tenham em si uma “dimensão literária”, como é este Casal Aberto. Título apenas traduzido do original em italiano “Coppia Aperta” que reflete o que se passa em cena: um homem que sugere à mulher terem uma relação “aberta” à qual a mulher se recusa a aceitar. No entanto, e com a entrada de uma terceira pessoa, a mulher começa a passar por um processo de transformação, começando a cuidar mais de si (processo esse introduzido pelo grupo, não estando presente no texto original). Após a entrada dessa terceira pessoa, o homem acaba por se suicidar terminando deste modo a peça. A peça aborda a condição da mulher numa Europa já sem regimes totalitários, onde as democracias começam a permitir a emancipação feminina e a libertação do marido enquanto seu proprietário.

No entender de Rui Dionísio, Dario Fo tem o mérito de conseguir contrabalançar o facto de representar um assunto sério como esta questão da (des)igualdade de género através da ironia patente na troca de argumentos por parte do casal. Frisa também que a peça não tem um cariz pedagógico, fazendo antes uma observação que acaba por recair mais na cultura do que no género, desafio esse também lançado aos atores e que segundo o encenador “simpaticamente e amavelmente corresponderam de forma brilhante”.
 
O grupo tem por hábito, sempre que possível, realizar atividades complementares como debates no fim dos espetáculos, sendo que Dionísio refere que em Vila Franca de Xira – que contou com a presença de um sociólogo - houve mais uma conversa que um debate, devido à consensualidade nos comentários que se iam complementando uns aos outros, com a enumeração de circunstâncias que potenciam um atraso à igualdade de género: económicas, políticas, religiosas.


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