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Tomás Leal, o pequeno guerreiro de Marinhais, precisa da ajuda da comunidade outra vez

Família apela mais uma vez à solidariedade de todos os que possam contribuir para esta causa
Sílvia Agostinho
11-11-2020 às 16:27
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É como ganhar a lotaria mas ao contrário. Na roleta da genética, José Leal e a esposa tinham 25 por cento de probabilidades de terem filhos com cancro, e das duas vezes saiu-lhes a má sorte. Esta informação foi obtida depois de testes genéticos efetuados numa clínica espanhola, depois de os dois filhos do casal terem ficado doentes. Tomás Leal é um pequeno guerreiro, de Marinhais, que enfrenta nesta altura mais um tratamento para aquela doença maligna. Depois de ter sido diagnosticado e de ter superado com sucesso um cancro nos ossos, o osteossarcoma, um dos mais agressivos, vê-se agora com seis anos a lutar contra um cancro do pulmão. A irmã Marta, um pouco mais velha, com 10 anos, também teve um osteossarcoma numa perna aos seis anos, mas a evolução tem sido favorável. A família, mais uma vez, parte para a única solução possível: apelar à solidariedade de toda a comunidade de Salvaterra de Magos, da região e do país. São necessários 100 mil euros para o filho fazer o tratamento numa clínica em Espanha, embora parte dessa verba já tenha sido angariada, cerca de 70 mil euros até há poucos dias atrás.

Em entrevista ao jornal e Rádio Valor Local, José Leal,  pai de Tomás, diz que o sorriso dos seus dois filhos faz com que nunca baixe os braços. Das suas vezes levou os filhos para serem tratados numa clínica espanhola conceituada neste tipo de tratamentos na região de Navarra. “Cá em Portugal a única solução que me deram foi a amputação, mas nunca quis aceitar, procurei até ao limite das minhas forças uma cura para os meus filhos sem necessidade de eles ficarem sem os membros”. No tratamento da Marta foram angariados 90 mil euros, no primeiro tratamento do Tomás outros 90 mil euros, e desta vez são necessários mais 100 mil euros.
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No exame de rotina descobriu-se que o cancro estava agora alojado no pulmão. “Ainda há três meses estava tudo bem, eis que nos exames de agosto nos foi dada a má notícia”, refere José Leal que ainda acreditou que a criança podia ter um trajeto parecido com o da irmã que recuperou da doença sem recidivas, “mas infelizmente não há casos iguais”. À nossa entrevista José Leal diz que é muito raro um homem e uma mulher terem tanto “azar” na genética. “Houve até um médico que disse que esta era a primeira vez a que assistia a um osteossarcoma entre irmãos”. 

Jornal Valor Local · RÁDIO VALOR LOCAL - ENTREVISTA JOSÉ LEAL SOBRE A CAUSA DO TOMÁS LEAL
Tomás Leal já foi operado no sentido da retirada dos nódulos dos pulmões. Segue-se o processo da quimioterapia. A verba dos 100 mil euros contempla cirurgias, exames e quimioterapia.  “Se não houvesse de todo uma solução para além da amputação quem éramos nós para questionar, mas quando temos aqui tão perto de nós, em Espanha, uma saída, tentámos ir por esse caminho”. Nesta altura e embora “Portugal tenha tratamentos para o cancro do pulmão, o historial do Tomás está em Espanha, e não convém andar a saltar de um lado para o outro”.

Na anterior campanha, a família beneficiou de 50 mil euros por parte da causa da bebé Matilde, a criança que conseguiu angariar dois milhões de euros para um medicamento destinado a tratar uma doença rara, atrofia espinhal muscular. Mais tarde o Governo acabaria por financiar esse medicamento, e a verba conseguida pela família graças às dádivas dos portugueses tem sido distribuída por outras crianças à procura de uma cura nas mais variadas situações.

Na página de Facebook da causa do Tomás Leal está bem patente o apoio da comunidade. Um pouco por toda a região, mas principalmente no concelho de Salvaterra de Magos, pequenos comerciantes, particulares, e associações organizam eventos, fazem rifas, leilões online e tudo o que a imaginação consegue concretizar no objetivo de angariação das verbas que esta família necessita. Contudo, a pandemia trouxe um revés às intenções desta família, “porque os eventos acabaram”, e “no ano passado tivemos muita atividade por parte de coletividades e de grupos que nos ajudaram muito”, por isso “resta-nos as dádivas na conta bancária e continua a apelar à solidariedade das pessoas”.

Independentemente dessa contrariedade, “a clínica espanhola continua a fazer os tratamentos, e mesmo assim os preços que foram estabelecidos são muito por baixo, não faturam todos os exames e tratamentos”, revela José Leal que considera que o caso das duas crianças “é também importante para o sucesso daquela clínica”. “É verdade que 100 mil euros é muito dinheiro, mas cá em Portugal os tratamentos se não fossem comparticipados pelo Estado seriam muito elevados e no fundo não deixam de ser pagos por todos nós”.

Nos últimos anos, e desde que os filhos ficaram doentes, esta é uma ocupação a tempo inteiro – “Estou de assistência há quatro anos”, conta José Leal, guarda prisional de profissão – “No caso da Marta a recuperação foi muito lenta e difícil e quando pensávamos que estava tudo praticamente sanado foi quando o Tomás ficou doente, e regressámos à estaca zero. A Marta ainda necessita de tratamentos em Espanha, o Tomás enfrenta mais uma batalha de modo que isto passou a ser algo a tempo inteiro”. A mulher de José Leal trabalha no concelho e vai conseguindo conciliar a profissão com os cuidados aos filhos “graças à compreensão do patrão”.
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O Tomás como é muito jovem “ainda não percebe completamente o que lhe está a acontecer, embora nem tudo seja novo porque assistiu ao problema da irmã. Procuramos viver um dia de cada vez sem nunca baixar os braços”. Quem desejar contribuir para esta causa o nib é o seguinte: PT50003507050001624813077

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