Tournée literária de Rita Pea
“Nu Avesso das Palavras” tem feito sensação
Atualmente, e em paralelo com a apresentação da sua segunda obra de poesia, Rita Pea está a escrever o seu primeiro romance Silvia Agostinho
18-12-2016 às 10:25 A poetisa Rita Pea, de Aveiras de Cima, que tem vindo a apresentar o seu mais recente livro “Nu Avesso das Palavras” em diversas localidades estará presente a sete de janeiro em Alhandra na Casa Museu Dr. Sousa Martins para mais uma apresentação.
Este foi o mote pra uma conversa com a autora que deu conta dos seus mais recentes projetos. Atualmente, e em paralelo com a apresentação da sua segunda obra de poesia, Rita Pea está a escrever o seu primeiro romance, mas junto do público a apresentação de “Nu avesso das Palavras” tem cativado os leitores, na sua opinião. Até ao momento já conseguiu vender 150 exemplares, em apenas três lançamentos, o que considera “bastante satisfatório e acima das expetativas”. “Fiquei verdadeiramente surpreendida com a adesão, principalmente do público feminino. Muitos maridos compraram o livro para oferecer às esposas já que consideraram que a minha forma de expressão era bastante feminina”. Quanto ao romance estão escritos três capítulos já publicados online numa plataforma de escritores, o que “tem sido uma experiência muito interessante”. O tema gira em torno da violência doméstica, e Rita Pea refere que falou com diversas pessoas que sofreram episódios desse género, “e que gentilmente se disponibilizaram para me ajudar”, e por isso “tem sido algo desafiante”, tendo em conta também que a questão da violência psicológica associada a este fenómeno é algo “muito impressionante e surpreendente”. “Fiquei a pensar que existe quem tenha um grau de crueldade tão grande e tão visível, ao mesmo tempo, mas que de certa força a disfarça bem”. A envolvência proporcionada pelo tema é algo que tem vindo a apaixonar a autora. Por isso, o processo já se fez de muita escrita e reescrita “até conseguir que aquilo que escrevo faça sentido em termos de musicalidade e intensidade das palavras”. Em marcha está também a peça de teatro sobre uma bailarina refugiada, designada “Par 735”, sendo que Rita Pea já tem a equipa montada a nível de encenador e possíveis atores. A autora não esconde que “adoraria” que a sua peça fosse representada na sua terra ou no seu concelho. “Seria um orgulho enorme jogar em casa”, não esconde.
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