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Três anos depois da criação de um grupo de estudo:
Rio Maior ainda à espera de uma solução para a poluição

Há um ano teve lugar um debate entre Câmaras e outros agentes mas entretanto não houve novidades
Sílvia Agostinho
02-03-2018 às 10:47
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Há três anos foi constituído o Grupo Intermunicipal para a Sustentabilidade  do Rio Maior e da atividade pecuária. Composto pelas autarquias de Santarém, Rio Maior, Cartaxo e Azambuja  (Vala Real) tinha como objetivo encetar estratégias que devolvessem o equilíbrio ecológico a este afluente do Tejo. Num momento em que a poluição e as descargas das celuloses no rio Tejo estão na ordem do dia, quisemos saber junto de um dos porta-vozes dos movimentos ambientalistas que têm estado na linha da frente nesta matéria, acerca do ponto de situação em relação ao que se delineara e aos objetivos para o futuro.

Manuel João Sá do Movimento Ecologista de Vale de Santarém refere que três anos passados, um dos destaques relacionou-se com um debate que existiu há cerca de um ano que juntou autarcas, ecologistas e os produtores suinícolas mas poucos passos foram dados em frente “pois ambientalmente, é certo, não existiu evolução”. Um dos locais mais problemáticos refere-se a São João da Ribeira “onde uma fábrica de tomate lança poluição para o rio que fica vermelha, ou negra, ao mesmo tempo que surge o peixe morto”. As denúncias têm-se sucedido mas sem sucesso por parte das entidades responsáveis. De resto as empresas suinicultoras também continuam a marcar terreno neste campo da poluição do afluente do Tejo. Espuma e mau cheiro são neste caso o pão nosso de cada dia. Neste aspeto, a ETAR de Santarém também pode ser uma causa tendo em conta o seu deficiente funcionamento, segundo o ambientalista. Para além disso, “nota-se a grande proliferação de jacintos com consequências para a qualidade da água como a sua eutrofização”.

O Movimento Ecologista de Vale de Santarém em conjunto com o Movimento Ar Puro de Rio Maior, e Eco-Cartaxo vai tentar em breve saber quais as démarches que se seguem por parte dos agentes com responsabilidades políticas nesta matéria dado que não há novidades desde há um ano, “até porque nesse encontro demos a conhecer as fontes e os locais onde a poluição existia mas que eu saiba pouco ou nada se fez”. Neste encontro falou-se ainda da perspetiva de as empresas que se situam ao longo do rio e que o estão a poluir poderem aceder aos fundos comunitários de modo a apetrecharem-se em condições. Manuel João Sá confessa que nesse encontro as empresas suinicultoras acabaram por não se manifestar especialmente ou com vontade de mudar o paradigma de alguma forma.

O ambientalista saúda no entanto a vontade das câmaras municipais para se mudar algo. “Queremos saber nesta altura que passos foram dados, se houve alterações quanto à forma de operar das suinicultoras”, nomeadamente em Rio Maior também com a fábrica de tomate. “Muitas dessas fábricas começaram em pequena escala mas foram aumentando a produção, pelo que as Etar ou não existem ou estão aquém das necessidades, por outro lado, a fiscalização também acaba por ser incompetente, chegando esses mesmos responsáveis a adiar as visitas aos locais”.
O ambientalista saúda contudo o projeto das autarquias ribeirinhas em causa quanto à ciclovia que ligará os vários concelhos e que poderá permitir uma nova qualidade de vida para os que esperam pelo fim da despoluição do rio.


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