|
(C/Vídeo) Um pezinho de dança nos Alunos de Apolo em AzambujaPares encontram-se para dançar depois da vida ativa
|
|
|
Miguel António Rodrigues
05-08-2019 às 16:22 |
|
|
A Escola de Dança Alunos de Apolo de Azambuja tem sido um local de encontro de gerações, quer nos ensaios, nas saídas e até em alguns campeonatos que decorrem de norte a sul do país e no estrangeiro. Se é verdade que muitas pessoas procuram na reforma fórmulas para passar o tempo de forma descontraída, nos Alunos de Apolo a situação é bem diferente. Que o digam os dois pares que se juntam no salão dos bombeiros de Azambuja várias vezes durante a semana.
Paula de 51 anos faz par ocasionalmente com André de 17, este já experiente no mundo das Danças de Salão. Ao Valor Local falou apaixonadamente do mundo das danças. Refere que foi inscrito pela mãe nos Alunos de Apolo, embora no passado já tenha dançado fora desta escola. André Simões diz que também faz competição e como não tinha par certo, acabou por se juntar e tem sido uma espécie de “par fingido de Paula” mas refere que “funciona muito bem e é para continuar”. Para Paula, o mundo das danças também não é novo. Sempre gostou de dançar e “assim que descobri estas aulas nos Alunos de Apolo em Azambuja vim cá ter com o Miguel Nabeto para ver como era e fiquei”, diz. “Gostei imenso. Fiquei e já lá vão quatro anos. Aos poucos vamos evoluindo” refere Paula, que salienta ainda que, neste espaço, está em família. No que toca à dança, diz gostar de todos os géneros, mas prefere as clássicas. |
|
|
PUB
Susel e Fernando Lopes, de 64 e 66 anos, são também eles a prova de que as dançar não têm idade. Casados na vida como na dança, Susel e Fernando andam nestas andanças e contradanças há cerca de cinco anos. Susel começou no Ateneu Cartaxense com Miguel Nabeto, hoje professor dos Alunos de Apolo, e mudou-se de armas e bagagens para Azambuja.
O par não tem dias certos para vir às aulas, refere Susel, mas em média e por semana são cerca de duas a três vezes: “Porque aqui somos uma família e dançar faz-me sentir bem”. Já Fernando Lopes refere ter-se metido na dança “para desanuviar”. Algo que tem vido a resultar pois já integra os Alunos de Apolo sem interrupções há cerca de cinco anos. Mas se na dança é o homem que lidera, lá em casa, refere Susel, a liderança é partilhada. Tal como na vida, este casal partilha do mesmo gosto por esta arte, embora Susel prefira as clássicas e Fernando não tenha preferências específicas. A mesma opinião tem o casal Carlos Alberto, de 68; e Hermínia Pereira, de 72 anos. Casados também, Carlos Alberto diz não concordar com o facto de ser o homem a mandar na dança. “Isso tem de evoluir. Tem de ser partilhado” refere ao nosso jornal enquanto vinca o trabalho levado a cabo por Miguel Nabeto e Cláudia Jesus nos Alunos de Apolo. Enquanto Carlos Alberto elege o Chá-Chá-Chá, Hermínia Pereira diz preferir dançar todos os géneros, embora venha do ballet, algo que fez no passado. Carlos Alberto explica, por seu lado, que o que o fascina nas danças de salão é o glamour associado, e que em especial lhe lembra os seus tempos de juventude. O casal está junto desde sempre e ambos partilham o gosto pela dança, agora mais presente tendo em conta o tempo livre, salientando o trabalho desenvolvido nos Alunos de Apolo. Para os professores e mentores dos Alunos de Apolo de Azambuja as palavras de elogio dos alunos “são um orgulho”. “Para mim é um gosto enorme dar aulas a estes jovens” e salienta que “é muito importante cativar os mais velhos para este meio” salienta Miguel Nabeto que destaca a necessidade de possibilitar que as pessoas mais idosas possam ter este tipo de atividades. No mesmo sentido, refere Cláudia Jesus, que aponta a classe social, ou seja grupos extra competição, como uma mais-valia para a escola. |
Comentários
Seja o primeiro a comentar...
Nota: O Valor Local não guarda nem cede a terceiros os dados constantes no formulário. Os mesmos são exibidos na respetiva página. Caso não aceite esta premissa contacte-nos para redacao@valorlocal.pt