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Victor Mendes, lançamento de livros e de um vinho no Colete Encarnado 2017

A festa promete inovar, mas mantém as largadas de toiros e o jantar de tertúlias que já se tornaram uma tradição assim como a distribuição do caldo verde e das sardinhas assadas
Miguel António Rodrigues
28-06-2017 às 18:07
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Vila Franca de Xira recebe a 30 de junho mais uma edição do Colete Encarnado. A festa maior da cidade continua a renovar tradições e este ano ao completar 85 anos de vida, são lançados dois livros e um vinho entre muitas outras iniciativas.

Vila Franca é de resto um ponto de encontro obrigatório no Colete Encarnado. Nesta festa juntam-se amigos que só se encontram uma vez por ano, conhecem-se novas pessoas e fazem-se amizades.

O Colete Encarnado de 2017 promete inovar, mas mantém as largadas de toiros e o jantar de tertúlias que já se tornaram uma tradição assim como a distribuição do caldo verde e das sardinhas assadas, o fado vadio e claro a corrida de toiros à portuguesa.

Incluindo no Colete Encarnado, o município de Vila Franca volta a apostar igualmente na Semana da Cultura Tauromáquica.

Este ano e como em anos anteriores, a Semana da Cultura Tauromáquica que decorre até 29 de junho, volta a elevar a tauromaquia.

São várias as manifestações que decorrem na semana que antecede o Colete Encarnado. Para além de novilhadas, treino de forcados, existem ainda os colóquios e a exposição “Victor Mendes, Toureiro Universal”.

Esta é uma exposição já inaugurada no dia 24 de junho no Celeiro da Patriarcal em Vila Franca de xira e que tem como objeto prestar homenagem ao matador de toiros que embora tivesse nascido em Marinhais, concelho de Salvaterra de Magos, foi viver muito cedo para Vila Franca de Xira com os pais. Aliás a 13 de maio de 1992, o município atribuiu-lhe o título de “Filho Adotivo de Vila Franca de Xira”.

Todavia esta é uma festa que já tem um peso importante na economia e na mediatização da mesma. As autoridades estão atentas por isso a possíveis atos de vandalismo por parte dos chamados grupos “antitaurinos”.

Alberto Mesquita, presidente da Câmara Municipal de Vila Franca de Xira, desvaloriza a questão, e prefere salientar que em democracia “nem todos podem gostar de tudo”, mas adverte que os atos de vandalismo “são condenáveis”; não querendo adiantar pormenores sobre de que forma será montada e se haverá segurança reforçada.
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Uma opinião secundada por Victor Mendes que prefere não alimentar debates sobre os que são contra a festa brava.
 
Colete Encarnado lança livros

A festa do Colete Encarnado complete 85 anos. Para o comemorar, o município de Vila Franca de Xira vai lançar dois livros.

De acordo com o presidente da Câmara Alberto Mesquita, são referentes à festa maior de Vila Franca, um com fotografias e outro com os cartazes de uma festa que começou para ajudar os bombeiros da cidade a angariarem fundos.

Outro dos livros em destaque, será lançado pelos Forcados de Vila Franca de Xira que comemoram também os 85 anos do grupo. Um documento para recordar o passado e projetar o futuro do grupo de Vila Franca.

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Campino homenageado deixa descendentes à festa

Casimiro Diogo será o campino homenageado este ano no Colete Encarnado. Descendente da família Perilhão, José Diogo, de 70 anos, tem muitas histórias para contar dos anos de vida dura que leva como campino e como homem.

Homem afável e reconhecido pelos seus pares, Casimiro Diogo passou pela escola da vida e bebeu dos conhecimentos dos mais velhos.

Aos oitos anos começou a trabalhar no campo ao lado do pai que era maioral das éguas e vacas da Casa Agrícola Lopes e Lima.
Até aos 18 anos trabalhou com o pai, graduava gado nos campos de Vila Franca de Xira. Ajudava em tudo com bois e éguas.

Ficou livre da tropa e procurou emprego na Casa Agrícola Oliveira e Irmãos, onde começou a arte de desbastar os equídeos.

Passou pela casa agrícola António José Teixeira e posteriormente pela Her­dade da Portucale, em Santo Este­vão concelho de Benavente, onde se reformou.

Dos muitos marcos na história do concelho que presenciou, lembra em especial quando se fardou de campino na inauguração da Ponte de Vila Franca.

Mas Casimiro Diogo deixa descendentes à arte da campinagem. Que o diga o neto Diogo Reis com 18 anos de idade.
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Diogo Reis é estudante na Escola Agrícola de Vendas Novas e garante que quer seguir a carreira do avô. Aliás vai estar a seu lado aquando da homenagem na tarde de sábado do Colete Encarnado.
 
Tertúlia “Alhandra A Toireira” faz 25 anos
 
A vila aficionada de Alhandra recebe este fim-de-semana, 23 e 24 de junho, as comemorações dos 25 anos da Tertúlia “Alhandra a Toireira”.

A iniciativa que coincide com a Semana da Cultura Tauromáquica e o Colete Encarnado, tem como ponto alto a chegada da Rainha Dona Maria ao cais de Alhandra, dado que a vila foi em tempos um ponto muito forte no que toca à tauromaquia nacional.

Vítor Silva, presidente da tertúlia, salientou ao Valor Local que a associação tanto aposta na formação ao nível da arte tauromáquica como nas questões mais lúdicas.

Para além de apresentação de alguns livros, o presidente destaca os encontros, no fundo, as reuniões sobre os vários aspetos da vida tauromáquica.

Vítor Silva salienta que a coletividade espelha os outros tempos de Alhandra e embora reconheça a existência de uma Alhandra muito aficionada, diz não haver condições no momento para a implantação de uma praça de toiros, embora isso já tivesse sido discutido no passado.
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Sobre as comemorações dos 25 anos, o presidente da coletividade destaca o espetáculo equestre a dia 23 de junho e a homenagem ao antigo cavaleiro alhandrense Rufino Apolinário.


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José Manuel Santos, o jornalista aficionado
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José Manuel Santos é um vilafranquense apaixonado pelo Colete Encarnado. Aos 50 anos diz que ainda faz os seus planos de férias a contar com o fim-de-semana da festa maior de Vila Franca de Xira.

No entanto, José Manuel Santos não é apenas um aficionado, é também jornalista e enquanto tal viveu muitas emoções dentro da Festa Brava, ou não tivesse sido a “cara” das transmissões da TVI das corridas do Campo Pequeno às quintas – feiras.

A experiência, conta o jornalista, “foi muito boa enquanto durou”. Ao todo foram 15 anos desde 1999 até 2014. O jornalista considera que o canal conseguiu inovar “e revolucionar as transmissões das corridas”, até porque a equipa composta por si e por Joaquim Grave dava uma outra perspetiva ao espetador que não conhecia “os termos técnicos daquela arte.”
O segredo para José Manuel Santos é comunicar de forma acessível a todos; e “explicar algumas questões mais técnicas aos leigos que gostam da festa brava”.

Recorda o jornalista, agora editor do programa “Diário da Manhã”, que o desafio foi lançado pela equipa do Campo Pequeno durante uma simples reportagem. Daí até José Eduardo Moniz, à época direto geral da TVI “dar o ok à transmissão, foi um pulinho”.

Primeiro foi uma “Corrida TVI” e depois juntaram-se outras experiências que levaram aquele canal de televisão muitas vezes a trocar as novelas pelas corridas de toiros “mesmo assumindo algum prejuízo quanto a isso”, refere José Manuel Santos salientando as receitas publicitárias e as audiências.

Mas o jornalista não se fica só pelas corridas. Antes da TVI o vilafranquense esteve na TDM em Macau. Foram “dois anos de muitas saudades”.

“Foram saudades das pessoas, saudades da família e do Colete Encarnado”. Ao Valor Local, recorda com emoção o que significa para si este certame.

José Manuel Santos que tenta não perder o certame anual de Vila Franca, desvendou que em alguns momentos quando sabia mais ou menos a que horas estavam os toiros na rua, telefonava à sua mãe e pedia-lhe para colocar o telefona na janela “só para ouvir o ambiente de Vila Franca”.

Este é aliás, ainda, o espírito da festa para o jornalista que sempre que pode “dá uma ou outra indicação sobre bons momentos do Colete Encarnado para uma boa reportagem na TVI”.
O Colete Encarnado também serve para confraternizar com os velhos amigos que só “conseguimos ver uma vez por ano”. Para o jornalista, não é possível escolher um momento alto desta festa - “Gosto de tudo no Colete Encarnado”, refere, concordando que “uma festa destas sem uma marradinha e sem prejuízo para os mais afoitos, dá sempre outra cor à mesma”.

Aliás, o jornalista confessa que uma das coisas que gosta de fazer “é ver no youtube as marradinhas dos Açores”. Salienta que perde algumas horas com isso, ao mesmo tempo que tem como passatempo as danças de salão.

Ainda assim, a tauromaquia e a festa brava são uma paixão forte. Diz não ter saudades das corridas de toiros, mas refere que quando lhe apetece paga o bilhete e vai à praça.

José Manuel Santos lamenta, no entanto, aquilo que considera como “excesso de conservadorismo” em nome da tradição da Festa Brava. O jornalista refere que ainda existem muitas limitações para a transmissão de corridas nas televisões e que as “barreiras” que são criadas chegam a limitar os movimentos dos profissionais da área.

Mas para José Manuel Santos o Colete Encarnado é mais importante e embora viva a festa e em especial as largadas de toiros, reconhece que prefere ficar do lado de fora das tronqueiras.

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