Vila Franca: Carlos Patrão o candidato do Bloco que não quer acabar com as touradas
Assume-se contra a política do partido neste domínio e diz que é tempo de acabar com as políticas de centro direita no município
|07 Jun 2021 10:10
Miguel António Rodrigues Carlos Patrão e Maria José Vitorino encabeçam de novo as listas à Câmara e Assembleia Municipal de Vila Franca de Xira respetivamente. Em entrevista à Radio Valor Local o candidato considera que o Bloco de Esquerda é o único partido a fazer oposição na Câmara de Vila Franca e por isso salienta que a sua recandidatura faz sentido nesse propósito.
Carlos Patrão diz mesmo que “está na altura se sermos avaliados no nosso trabalho autárquico, não só pela oposição que temos feito, mas também pelo trabalho e propostas que temos para o concelho”. O candidato salienta que, nesta altura, é uma “aliança PS e PSD” que governa o município, e pior que isso “é mais um governo de centro-direita do que propriamente de esquerda, e as nossas propostas são claramente de esquerda”, refere o recandidato que salienta que, na sua opinião, a governação do município tem atualmente um peso acentuado à direita “nas políticas sociais e nas da habitação que são os pelouros que o PS entregou ao PSD”, nomeadamente à antiga cabeça de lista do PSD, Helena de Jesus. Carlos Patrão diz que não é um “político profissional” e numa altura em que o PS vai trocar de candidato, diz que a candidatura de alguém novo pelo partido que está no poder há várias décadas, pode significar uma abertura para outros partidos. Sabendo que o concelho de Vila Franca é tradicionalmente de esquerda, e com os anteriores resultados da CDU e do BE, que neste caso elegeu um vereador pela primeira vez em 2017, Patrão refere que esta pode bem ser uma oportunidade, embora tenha noção das dificuldades. Sobre Fernando Paulo Ferreira, candidato do PS, Carlos Patrão diz que é um “homem do aparelho” e que “anda na política desde os 13 anos” ao contrário de si que não faz da política uma profissão. Numa terra de tradições, Carlos Patrão confessa-se não aficionado. O atual vereador sem pelouros salienta que isso até vai contra parte da doutrina do Bloco de Esquerda, e assume: “Não represento minimamente o Bloco nessa matéria. Tenho ideias muito diferentes. Sou do Bloco, mas não deixo de ser vilafranquense por ser do Bloco”. À Rádio Valor Local, o candidato sublinha que o nome “aficionado tem em Vila Franca um peso cultural”. Vive desde a infância no concelho, mas as suas origens estão no norte do país. Carlos Patrão sublinha que não acompanha as ideias de proibir, por exemplo, as corridas de toiros porque acha que os aficionados têm direito aos seus gostos, mas assinala a ideia de outros caminhos para a Festa Brava - “Acho que a tauromaquia poderia evoluir noutros sentidos em que não se agredisse o animal. Numa espera de toiros ou num espetáculo de recortadores o animal não é espetado” e dá como exemplo a utilização de velcro em corridas de toiros nos Estados Unidos ao invés de se espetarem as bandarilhas. “Algo que os toureiros portugueses fazem, por exemplo quando vão à Califórnia”.
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