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Vila Franca de Xira: Cerimónia emotiva nos 88 anos do núcleo dos combatentes

Com muitas emoções à flor da pele decorreu junto ao monumento ao combatente que assinalou dois anos de existência
Miguel António Rodrigues
12-10-2017 às 17:30
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O Núcleo de Vila Franca de Xira da Liga dos Combatentes celebrou no passado dia 9 de Setembro de 2017, 88 anos de existência. A cerimónia, carregada de emoções, decorreu junto ao monumento ao combatente que assinalou dois anos de existência.
 
O momento acompanhado pelas forças vivas do concelho de Vila Franca de Xira demonstrou mais uma vez “o orgulho” dos antigos combatentes que serviram Portugal nas províncias ultramarinas e na pátria, e que durante a efeméride ostentavam orgulhosamente as suas condecorações e as fardas que outrora envergaram ao serviço da nação portuguesa.
 
Este evento, que pretendeu assinalar os 88 anos da Liga em Vila Franca de Xira, condecorou também os associados com 25, 30, 35, 40 e 50 anos de filiação na Liga dos Combatentes, a que se juntou a entrega de diplomas na categoria de “Passagem de Testemunho” entre avós e netos.
 
Joaquim Chito Rodrigues, presidente da Liga dos Combatentes Portugueses, enalteceu o momento, classificando-o de muito importante para preservar a memória e o futuro. O responsável vincou mais do que uma vez, que os combatentes partiram para as suas missões sempre com espírito de missão e correspondendo à vontade política de cada momento.
 
Joaquim Chito Rodrigues lembrou também os que atualmente combatem em nome de Portugal nos vários cenários de conflito, sublinhando que “quem não perceber isto, está longe do que queremos ser”, vincando o papel da Liga dos Combatentes na memória dos que lutaram em nome do país.
 
Em Vila Franca de Xira, o responsável aproveitou para salientar o papel importante da junta de freguesia e da Câmara Municipal, dando mesmo como exemplo o trabalho levado a cabo por estes dois órgãos em conjunto com a liga.
 
Alberto Mesquita, presidente da Câmara de Vila Franca de Xira, foi também ele um combatente. Conheceu vários cenários em várias localidades das antigas províncias, onde regressou há alguns anos. Para Alberto Mesquita, o trabalho levado a cabo pela Liga em prol da memória dos combatentes é “muito importante” e salientou que uma das próximas missões, no seu entender, é tentar trazer para Portugal os corpos dos combatentes que jazem nas antigas colónias. Muitos estão identificados, mas também há alguns desconhecidos. A trasladação para Portugal, é na opinião do autarca, fundamental para os familiares que não têm recursos próprios para o fazer.
 
Por outro lado, Alberto Mesquita, salientou também a intenção de requalificar o local onde está edificado há dois anos o monumento ao combatente. O autarca recordou que o local é provisório e que existem intenções de requalificar o espaço “para também dar outra dignidade ao monumento”.
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Liga Promove a "Passagem de Testemunho"
 
A entrega de diplomas e medalhas simbolicamente aos netos dos veteranos combatentes foi uma das formas encontradas pela Liga para perpetuar a memória dos familiares.
 
Esta é uma distinção facultativa e que depende da vontade dos associados, já que tem associado um custo simbólico. Em Vila Franca de Xira, foram agraciadas três crianças com este diploma, que se apresenta de forma simbólica mas de forma muito carregada emocionalmente, nomeadamente junto dos avós, já que são estes que “passam” o testemunho aos netos.
 
Gilberto Barata de 76 anos foi um desses exemplos. Passou testemunho à neta Beatriz Barata, que ao longo de toda a cerimónia, manteve uma postura de respeito e de responsabilidade, cantando, ora o Hino Nacional, ora o Hino da Liga, envergando uma postura “militar” de respeito à bandeira nacional, saudando-a com uma continência tão perfeita como a dos adultos.
 
Para o avô, Gilberto Barata, esta foi uma das formas de introduzir o espírito na sua neta, vincando que Beatriz já mostra interesse por algumas das histórias do seu avô e pelas questões militares.
 
Gilberto Barata diz que gostaria que a neta de sete anos seguisse a carreira militar, todavia aponta que o primeiro caminho para Beatriz deverá ser o estudo. Ainda assim refere que será de Beatriz a decisão final.
​
Ao Valor Local, Gilberto Barata, recordou que os tempos que passou nas suas missões não foram fáceis. O cenário de guerra vivido por si e pela família não foram ainda assim o bastante para se dissociar do espírito de missão, o mesmo que quer passar à neta.
 

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