Zero quer mais transparência da Valorsul no processo da ETVO
Rui Berkemeier salienta que, na sua ótica, a empresa anda a fazer contactos pontuais, como aconteceu com o dono do terreno em Arranhó, a ver se "pega"
|01 Jul 2022 15:59
Sílvia Agostinho Rui Berkemeier, da Associação Zero-Sistema Terrestre Sustentável, lamenta a falta de respostas da Valorsul quanto à futura Estação de Tratamento e Valorização Orgânica (ETVO) que nos últimos tempos tem feito correr muita tinta, tendo em conta que foi dada como localização uma área de terreno em Arranhó, na zona da antiga ZIR , tendo suscitado uma consulta popular em que mais de 90 por cento da população votou contra a vinda do equipamento para a localidade
A Zero quis saber, nomeadamente, o tipo de tecnologia a ser usada, mas ficou sem resposta. Não recebeu também “informação sobre o projeto técnico”, nem sobre “os trajetos dos camiões no caso de Arranhó ser a localização escolhida.” “Uma empresa com a dimensão da Valorsul que é a maior na gestão de resíduos no país, e dado que há metas a cumprir até 2025, já deveria saber qual o local para onde pretendem instalar a ETVO, que necessita de ser discutida publicamente e não de forma fechada num gabinete”, refere. Na sua ótica “a Valorsul anda a fazer contactos pontuais (como aconteceu com o dono do terreno) a ver se pega”. Tudo isto “é uma prática pouco transparente por parte da empresa e como tal pedimos novamente informação para nos colocar a par do processo. Hoje é em Arranhó e amanhã pode ser noutro local”. Contudo ressalva que o equipamento em causa “será uma grande mais-valia para o país”, pois vai “reciclar matéria orgânica que de outra forma iria para aterro”. Um dos grandes benefícios ao tratar-se resíduos neste tipo de unidades prende-se com a produção de fertilizantes que depois vão para a agricultura, “pelo que uma estação destas não é fundamental apenas para atingirmos metas de reciclagem”, em que “devemos chegar aos 55 por cento em 2025 quando atualmente não chegamos nem aos 20 por cento”. A Zero advoga que a futura unidade funcione em sistema fechado, com possibilidade de sucção do ar do exterior para o interior, de forma a não haver libertação de maus cheiros, através, ainda, de digestão anaeróbia em que “num processo fechado, sem oxigénio as bactérias vão degradar a matéria orgânica, transformando-a em gás metano que é uma fonte de energia renovável capaz de produzir eletricidade”. O resíduo segue, entretanto, um caminho para efeitos de compostagem também em sistema fechado com destino à produção de fertilizantes. As únicas condicionantes que a seu ver têm de ser pesadas é a proximidade a habitações a pelo menos um quilómetro ou dois, ter um sistema em circuito fechado, promover a utilização de filtros biológicos que impeçam a saída de cheiros para o exterior e por último que as viaturas de transporte de resíduos “passem o menos possível dentro de povoações”. |
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